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A crise nos EUA que vemos hoje (2013), começou realmente em 2008...

Yes We Can

           Muitos paises começaram a sofrer a partir de 2008 com a crise mundial, e esta crise teve como seu estopim o desequilíbrio na maior economia do mundo, os Estados Unidos.

           O auge da crise ocorreu em setembro de 2008, quando bancos e instituições financeiras começaram a ter prejuízos, levando algumas grandes instituições a falência ou concordata..

            Embora ocorrido em 2001, os ataques de 11 de setembro, tiveram  muito a ver com essa crise, uma vez que depois da ofensiva terrorista, o governo americano se envolveu em duas grandes guerras, no Iraque e Afeganistão,  gastando mais do que deveria de seus cofres.

            Relacionamos abaixo alguns fatores enfrentados pelos EUA , o qual demonstram dois cenários diferentes ante a crise :

1º) Cenário

- Importavam mais produtos do que exportavam;
- Saída de grande volume de dinheiro (gastos) para financiamento da guerra;
- Recebimento de ajuda financeira externa, de paises como China e Inglaterra
- Grande oferta de credito pelos bancos internamente (devido grande volume de dinheiro injetado pelo exterior) inclusive a clientes considerados de risco;
- Baixas taxas de juros  - política de juros baixos praticado pelo Federal Reserve (Fed,- o banco central americano).
- Enorme busca para aquisição de imóveis


2º) Cenário

Uma vez que a busca para aquisição de imóveis foi crescendo, o preço dos imóveis também  foi  elevado, a partir daí  ocorre a chamada “bolha imobiliária”

- a taxa de juros começa a subir
- diminui a procura pelos imóveis o que acaba derrubando os preços
- falta dinheiro aos bancos, que já haviam sido ajudados pelo governo. (não permitindo mais o refinanciamento utilizando o novo e maior preço do imóvel).
- Aumento da inadimplência de hipotecas principalmente as que tinham taxa flutuante (as pessoas já não viam sentido em continuar pagando hipotecas exorbitantes quando as propriedades estavam valendo cada vez menos).

Com isso uma série de instituições financeiras, de bancos de varejo a seguradoras, registraram perdas bilionárias, foram nacionalizadas ou quebraram, foram diretamente afetadas em decorrência da crise financeira alastrando-se principalmente pela Europa.

- O Bear Stearns um dos maiores banco de investimentos dos Estados Unidos chegou perto de ir a falência devido ao seu envolvimento com a crise do crédito imobiliário de alto risco - vendido, no início do ano (2008), ao JPMorgan Chase, em operação coordenada pelo Fed. 

- Fannie Mae e Freddie Mac - No início de setembro (2008), o governo americano resgatou as duas maiores financiadoras de hipotecas do país

- Countrywide Financial - O Bank of America chegou a um acordo para adquirir a financiadora imobiliária 

- Quebra de um dos maiores bancos americanos “Lehman Brother” (quarto maior banco de crédito do pais)

- AIG - A seguradora AIG (American International Group) conseguiu empréstimo do governo para aumentar sua liquidez (crédito em circulação) evitando a quebra, estava no mesmo destino do banco de investimentos Lehman Brothers

- Merrill Lynch - O banco acertou a sua venda para o Bank of America (segundo maior banco dos Estados Unidos), por US$ 50 bilhões, no mesmo dia em que o Lehman Brothers quebrou.

- Goldman Sachs e Morgan Stanley - Dois dos grandes bancos de investimentos que sobraram nos EUA foram autorizados pelo Fed a se tornarem bancos comerciais. 

- Washington Mutual - No que foi considerado a maior falência de um banco americano, o Washington Mutual foi fechado pela FDIC (o órgão garantidor de contas bancárias) e a maior parte das suas operações vendida ao JPMorgan Chase por US$ 1,9 bilhão

- Wachovia - um dos maiores bancos dos EUA, chegou a ser negociado para o Citigroup por cerca de US$ 2,2 bilhões com a assistência da FDIC, mas acabou vendido para o Wells Fargo.

- Freedom Bank - O banco regional declarou seu fechamento e se tornou a 17ª companhia bancária a quebrar no país neste ano.

- A Countrywide Financial, gigante do setor imobiliario, teve de ser comprada pelo Bank of America.

- Quebra do  American Home Mortgage (AHM) uma das 10 maiores empresa do setor de crédito imobiliário e hipotecas dos EUA abriu concordata

- Citigroup, UBS e outros grupos financeiros de escala global perderam bilhões com os papéis ligados a hipotecas


Resultado :

             Diminuição do crédito (nacional e internacional) afetando agora a economia mundial - quedas generalizadas nas bolsas de todo mundo e muitas dúvidas sobre a economia global.
             
             Tanto no Brasil como em outros países afetados , ocorreu dificuldades em se obter dinheiro, ou seja, grandes empresas que dependem de financiamento externo passam a encontrar menos linhas de créditos disponíveis, afinal, os bancos têm medo de emprestar em um contexto de crise.
             
              Por conseqüência, com a dificuldade em captar no exterior, ficam comprometidos projetos de construção dessas empresas, que por sua vez gerariam empregos e renda ao país. As empresas que quiserem renovar dívidas tem de arcar com taxas mais altas de juros. 
              A falta de crédito internacional também afeta empresas estrangeiras que planejam fazer investimos diretos no Brasil. 

              Quanto aos bancos, sofrem com a dificuldade de captar recursos no exterior, o que faz os empréstimos ficarem mais caros e mais difíceis também para as pessoas físicas.

              A Bolsa de Valores de São Paulo sofreu com grandes quedas.
              
              O valor do dólar voltou a subir
              
              Por um lado, o dólar mais forte pode, caso a alta se sustente, ajudar os exportadores a se tornarem mais competitivos, o que é celebrado por vários empresários e economistas. 
              
              Por outro, a alta atrapalha no combate a inflação. Segundo cálculos da consultoria Tendências, cada variação de dez pontos percentuais no dólar tende a gerar um ponto percentual de elevação trimestral do índice de inflação IPCA. Essa alta, avaliam especialistas, pode pesar na avaliação do Banco Central sobre a subida dos juros.
               
               Para reduzir os efeitos da crise internacional, o BC (Banco Central) anunciou mudanças nos depósitos compulsórios das instituições financeiras, um dos instrumentos usados para controlar a quantidade de dinheiro que circula na economia.
               
                Os depósitos compulsórios são depósitos feitos pelos bancos ao Banco Central, de acordo com a alíquota determinada pelo mesmo.

                 A exemplo, no caso do leasing, o BC tinha determinado que a partir do dia 14/11/2008, os bancos passariam fazer depósitos compulsórios de 20% sobre o leasing, mas, devido à escassez de crédito internacional após os recentes eventos da crise subprime , o BC estipulou que essa alíquota de recolhimento, de  15%, só iria aumentar para 20% no dia 16/01/2009. Já alíquota seguinte, de 25%, que seria adotada a partir de 16/01/2009, só entraria em vigor em 13/03/2009.
                 
                 Quanto ao futuro pós crise 2008, o que existe é muita especulação,  existem muitas medidas internas e externas tomadas a curto , longo e médio prazo para tentar erradicar a crise, bem quanto aos seu efeitos, mas ainda há muitos países que sofrem com o reflexo da crise, principalmente a Europa, crise essa que aliado a uma serie de problemas internos (inclusive a moeda) ou se levando em consideração países como Espanha , França a Portugal ou até a Grecia com sérios problemas de taxas de empregos, torna ainda mais difícil se fazer um prognostico.

                 E os EUA que após dar férias sem remuneração a aproximadamente 800.000 servidores publicos e aos 45 do segundo tempo se livrar de dar um calote em seus investidores, segue como uma incógnita para 2014 , o qual especula-se que este calote de enorme proporção poderá ocorrer no inicio do ano. 


 


 Referências

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro
http://www.veja.abril.com.br
http://www.economia.terra.com.br
http://www.terramagazine.terra.com.br
http://www.economia.uol.com.br
http://www.bc.gov.br
http://www.cienciahoje.uol.com.br

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